QUE NOSSOS CUIDADOS JAMAIS TORNEM-SE TÃO SOMENTE POEMAS PARA QUE NÃO SEJAMOS MAIS QUE REPRODUÇÃO DE PALAVRAS DESPROVIDAS DE SENTIDOS E SENTIMENTOS.
Cuidemos de nós
Cuidemos de nossas águas interiores
Cuidemos das nossas vozes e silêncios
Cuidemos de nossas águas exteriores
Cuidemos da voz
CUIDEMOS DE NÓS: Quando ocorrem fatos que nos alertam interiormente, nos recolhemos e percebemos nossas águas e os movimentos que, se permitirmos nos levarão nesse turbilhão; nesse instante, é necessário reflexão que nos remeta à necessidade de ampliar ou não nos sentidos que damos às coisas, filtrando cada um deles com o cuidado de quem sabe a importância do momento vivido.
CUIDEMOS DE NOSSAS ÁGUAS INTERIORES: Quando surgem oportunidades de renovação e seleção daquilo que realmente nos faz bem e nos remete à questões que nos permitem percepções de cada movimento que ocorre interiormente. Somente quem sabe de si, ouve o outro, reverencia o que há e se torna guardião do que acredita ser parte de si mesmo.
CUIDEMOS DE NOSSAS VOZES E SILÊNCIOS: Quando dialogamos com nossos sentimentos, também trazemos à razão as formas de pensamentos que podem ou não tornar-se realidade, temos o dom de captar fragmentos das fagulhas cósmicas que nos alimenta e nos certifica de nossa unidade com tudo o que há. Há vozes nos silêncios que falam-nos mais que palavras e há silêncios que traduzem a vida muito além do que sonoras e humanas comunicações.
CUIDEMOS DE NOSSAS ÁGUAS EXTERIORES: Quando percebemos que os mares e as marés estão com intensidade e força que nos remetem à lugares que não são nossos e que não desejamos estar; surgem oportunidades de sairmos dessa derivação vivencial e responder às águas coma doçura que jamais à ela fora direcionada. Há formas e jeitos de se cuidar das águas que nos vem bate à porta e que inesperadamente invadem sem que possamos detê-las; fará parte de nós apenas se assim o permitirmos.
CUIDEMOS DA VOZ: Quando falamos espelhamos o que cosntruimos interiormente e fisicalizamos; vozes que lamentam, vozes que sorriem, vozes que machucam, vozes que reinventam o que há e criam o que está por vir. A voz não tem dono quando é legada ao vento, segue e simplesmente chega a qualquer local, mas a ela cabe a responsabilidade de levar consigo as falas de quem a gera e articula sua essência, mas depois que posta para fora, não mais pertence ao seu criador.
CUIDADO COM O QUE NÃO SE CUIDA, POIS HÁ QUEM CUIDA DE DESCUIDADOS .
RIO
…águas desacordadas de vida…
…águas desfalecidas de sussurros…
…águas desnudadas de si…
…águas descabidas de vergonhas…
…águas desacostumadas de murmúrios…
… águas desaguadas em olhos…
…águas desossada no ventre…
RIO
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