SOBRE SENTIDOS E SENTIMENTOS
Sinto dores na alma, nada me alarma se não contínuas inverdades.
Sinto cores na alma, nada me afirma se não constantes simultaneidades .
Sinto flores na alma, nada me confirma se não múltiplas qualidades.
Sinto amores na alma, nada me deforma se não presentes vaidades.
Sinto calores na alma, nada me conforma se não plenas unicidades.
Sinto clamores na alma, nada me transforma se não naturalidades.
Sinto fulgores na alma, nada me reforma se não luminosidades.
SOBRE SENTIDOS, MUITOS O SÃO PROSCRITOS
RETORNOS (Série Reflexiva Mente) ROBERTA LESSA
MINHA IDÉIA (Série Apenas Uma Frase) ROBERTA LESSA
Há poesias que me dão certeza serem elas um ritual de reconhecimento do outro, como sê uma isca poética de reencontro de pares que se completam literariamente, e fico a perguntar, por que não eu nessa escrita ser a autora?
PÃO (Série Poema No Poema)ROBERTA LESSA
O PÃO, O CIRCO
manivela manipulável
CIRCO NESTE PÃO
O CIRCO, O RISCO
maquiavélica manivela
RISCO NESTE CIRCO
O RISCO, O TRAÇO
face maquiavélica
TRAÇO NESTE RISCO
O TRAÇO, O LAÇO
remodelável face
LAÇO NESTE TRAÇO
O LAÇO, O AMASSO
massa remodelável
AMASSO NESTE LAÇO
O AMASSO, O FOGO
formatada massa
FOGO NESTE AMASSO
O FOGO, O PÃO
formatada manivela
PÃO NESTE FOGO
PERIGOSA (Série Apenas Uma Frase) ROBERTA LESSA
Muitas vezes a poesia torna-se perigosamente explícita, corroendo sistema e algemando amarras
À TODOS NÓS (Série Reflexiva Mente) ROBERTA LESSA
Que todos tenham amigos reais…
Que todos tenham famílias ideais…
Que todos tenham valores ancestrais…
Que todos tenham vivências naturais…
Que todos tenham consciências sociais…
Que todos tenham sonhos colossais…
É preciso e precioso confiar, mesmo com toda turbulência.
É necessário e prioritário acreditar, mesmo com toda violência.
É urgente e fremente lutar, mesmo com toda existência.
É verdadeiro e derradeiro caminhar, mesmo com toda ciência.
É vida e lida observar, mesmo com toda saliência.
É luta e labuta somar, mesmo com toda divergência.
É real e leal orar, mesmo com toda subserviência.
PARTO (Série Apenas Uma Frase)ROBERTA LESSA
Parto difícil esse: engolir ausências e deficiências, tendo que se bastar e jamais se saciar com produtos que nada mais são que ecos do hiato existencial instaurado naquilo que chamamos sociedade ou saciedade.
PRECIOSIDADES (Série Ode Em Casa) ROBERTA LESSA
PRECISÃO DE PRECIOSOS
Precisamos urgente de mais N.Mandelas do que corruptelas emergentes.
Precisamos urgente de mais C.Ellers que hitlers emergentes.
Precisamos urgente de mais Gonzaguinhas que furrequinhas emergentes.
Precisamos urgente de mais Nietzsches que fetiches emergentes.
Precisamos urgente de mais Jobins que estopins emergentes.
Precisamos urgente de mais R.Russos que maculussus emergentes.
Precisamos urgente de mais C.Guevaras que pícara emergentes.
PRECIOSOS PRECISOS
RALOIM??? (série FOLCLÓRICA Memória)ROBERTA LESSA
Há pouco tempo atras, me questionaram sobre meu sempre emprego e defesa da palavra folclore, afirmando que era equivocado e que não tem nada a ver com o Brasil, posto que era uma palavra que não representava a brasilidade e que é herança de antigos domínios culturais. Pensei, não de imediato, pois é fato que respostas dadas de ponta de língua geralmente são decoradas e ou irrefletidas; assim sendo abstraí alguns dias e teço algumas palavras nesse meu tear de ideias:
Meu Brasil é assim: uma completa e múltipla diversidade.
Meu Brasil é assim: uma repleta situação de subjetividade.
Meu Brasil é assim: uma seleta composição em alteridade.
Meu Brasil é assim: uma coleta produtiva de raridade.
Meu Brasil é assim: uma silhueta de arte de qualidade.
Meu Brasil é assim: uma etiqueta amorosa de hospitalidade.
Meu Brasil é assim: uma paleta de cores e amorosidade.
DA JANELA DA SALA DE ESTAR (Série Poema No Poema ) ROBERTA LESSA
ENQUANTO ISSO NA SALA DE ESTAR
Enquanto forjam-se heróis caricatos, tornam-nos voluntários servis
Enquanto forjam-se ídolos simplórios, tornam-nos pensadores rasos.
Enquanto forjam-se famílias descontínuas, tornam-nos débeis sentimentais.
Enquanto forjam-se religiões dogmáticas, tornam-nos ecos repetitivos
Enquanto forjam-se segredos herméticos, tornam-nos consumos frenéticos.
Enquanto forjam-se alimentos genéticos, tornam-nos carne perecíveis.
Enquanto forjam-se histórias verdadeiras, tornam-nos passados rompidos.
ENQUANTO SALADA A ESTAREM SERVIDAS
AO POETA DO POETA (Série Poema No Poema) ROBERTA LESSA
O POETA
deixem no especulador… espetacular espéculo que progride em versos…
O POETA
deitem no esplendor… esplendoroso pendor que transgride em prosas…
O POETA
cantem no revelador… resvalado resguardo que agride em crônicas…
O POETA
fazem no inquisidor… ignóbil iniquidade que regride em rimas…
O POETA
ajustem no procurador… profano processo que reside em parágrafos…
O POETA
liberem no acolhedor… acordado acúmulo que reincide em acrósticos…
O POETA
notem-no simulador… suspirado simulacro que elucide em trovas.
Fala por demais…
Ainda stelar… queirogando por demais… de mais… de mais… de mais… dê mais… pois precisamos queirogar sempre;;;;;;;
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